A NOVA CARA DAS REDES SOCIAIS

Gente, eu acho a internet uma coisa fantástica e as redes sociais uma maravilhosa oportunidade de conhecer pessoas, trocar informações, compartilhar seu dia a dia, Mas admito que pouco a pouco tenho tido um certo receio de entrar nela.
O que ao meu ver deveria ser algo útil está se tornando algo violento.
Não, não estou falando de páginas onde se debatem políticas ou confrontos. Estou falando de gente simples como eu e você.
As pessoas andam chatas e andam agressivas.
Chatas porque reclamam de tudo, como se já não bastasse o que reclamamos dentro do nosso dia a dia mas por qualquer coisa mesmo.
Também não falo de futilidade, já me havia acostumado as fotos de comida, check in's em restaurantes. As redes sociais viraram um palco aonde uma hora você é a celebridade e em outra a platéia. Mas ok, todos querem ser famosos e reconhecidos por um dia.
Mas não é isso, falo de pessoas que criticam tudo mesmo, do salto de um sapato, até um comentário que você faça. Mas não é crítica, é violência gratuita.
As pessoas estão de saco cheio, estão irritadas e estressadas e como uma criança que tem dor não sabe explicar o porque e aonde é essa dor.
Reclamam de política, governantes mas não querem mudar de verdade o regime de sociedade que está aí. No fundo elas querem simplesmente trocar de lugar com quem está está por cima, querem o dinheiro e tudo que o capitalismo pode lhes oferecer. Mas isso é um assunto para outro ´post.
Eu quero hoje falar de gente que supostamente quer ser seu "amigo". Mas custo a acreditar nisso, que queiram ser amigos, amigos criticam mas não batem na cara não e muitas vezes o fazem em uma conversa particular e não em um comentário público.
Ouço muito que debater é saudável mas não é isso que vejo, vejo pessoas querendo ter razão e por terem razão querem muitas e muitas "curtidas", ficam famosas, seu nome vai parar em todas as páginas e perfis. Para isso abusam do direito de serem chatas.
Outro dia conversava com uma amiga a probabilidade ou não de nos excluirmos de uma determinada rede social. Eu e ela compartilhamos que ao abrir a rede social pela manhã sofríamos taquicardia e um certo terror esperando os comentários que foram feitos enquanto estávamos offline e as agressões.
Percebo que a rede social é para os fortes, os pittboys e pittgirls, aqueles que adoram uma trollagem.
Mas se sairmos perderemos contato com muitas pessoas legais que de outro modo não os faria. Perderíamos mensagens importantes. As redes são assim, são rápidas e eficientes. E agora? O que fazer? Chegamos ao fim do caminho, ou pulamos, ou ficamos.
Sábado passado, conversava com meu marido sobre os rumos das redes sociais, sim eu converso assuntos de conteúdo com o marido e ficamos analisando as pessoas que as frequenta.
Vimos pessoas em bares e nos carros, muitas delas enchendo a cara de álcool, comendo como se não houvesse amanhã. Pois são essas mesmas pessoas que usam do alcool e da comida para causar uma espécie de anestésico para a realidade. Quem bebe fica feliz, mostra quem não é, ficam felizes. A rede social é assim, criam "personas", personagens, se sentem de fato alguém, coisa que em uma multidão não aconteceria, pois seria apenas mais um.
Eu não sei por que mas ando recebendo o globo aqui em casa, odeio esse jornal mas peguei esse domingo e fui folhear a revista enquanto tomava café, sempre aparecem umas bobagens que dá para "passar os olhos" mas me chamou a atenção a coluna da Martha Medeiros cujo título era EXCLUÍDA. E não era que ela falava sobre redes sociais?
Essa questão não está sendo percebida por mim e por você. Outras pessoas percebem e também não sabem o que fazer.
Escrevi esse texto a título de reflexão, talvez tentando encontrar uma saída...
Abaixo o texto da Martha Medeiros. cliquem na foto e deem ctrl + para ler na integra. Vale a pena.


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