SOBRE O LUTO
Uma das coisas mais difíceis que terei que escrever.
Todos sabem, não é novidade pra ninguém, eu não tenho medo da morte e sei que há vida após e que a morte nada mais é que renascer sob outra forma.
O que eu nunca havia pensado e refletido era na morte de pessoas as quais eu amo.
Só hoje pude me munir de coragem, não chorar para poder escrever. E faltam apenas 4 dias para completar um mês e o luto não cessa. A saudade é imensa. As lembranças constantes. A viagem, os almoços, os sonhos, as conversas. Tudo ainda muito vivido e dolorido.
As vezes me pego olhando o telefone esperando minha mãe ligar. As vezes caminho por horas sem que ela saia da minha cabeça.
Ainda não processei a morte de minha mãe, sim porque é um processo e que cada um reage de formas distintas.
Sou o tipo que chora mesmo, que sofre o luto, e por mais que saiba que ela ainda vive me questiono o porque dela ter ido assim.
Sempre pedia a Deus um pouco mais de tempo com ela. Nossa relação realmente se estreitou nos últimos 15 anos e não nos meus 52 anos.
Foi quando ela começou a se abrir para o toque, o carinho e atenção. Foram nestes últimos anos que pude sentir como é ter uma mãe.
Mas isso não significa que ela não me importasse antes, pelo contrário, fazia um esforço monumental para agradá-lá.
Queria ser a mais inteligente da escola, a filha mais independente e a única que não daria trabalho a ela. Queria ser a mais magra, a mais bonita, e queria dar-lhe um neto homem já que ela não pode ter um filho homem. Em alguns aspectos consegui mas outros nem tanto.
Cometi erros e não segui todos os seus conselhos mas acho que é assim mesmo. Eu procurava ser perfeita mas ninguém é perfeito.
Mas a partir do meu segundo casamento e morando mais perto e tendo mais recursos essa união começou a crescer e via com o passar do tempo ela me entendo cada vez mais e eu a ela. Pedia sempre a ela "mãe, aguenta mais um pouquinho". Hoje tenho saudades de ir na casa dela e simplesmente dizer "oi mãe ".
Com tanta tristeza e vazio que me acometem no momento não entendo como outras pessoas próximas puderam ter um luto tão curto.
Lembro que quando ouvi o choro do meu filho no parto a primeira pessoa que pensei foi na minha mãe.
E quando soube que ela havia partido meu coração se partiu também é deixou um buraco profundo que nada irá preencher.
Quando a vida dela terminou aqui senti células do meu corpo morrendo como se parte de mim fossem parte dela também.
Os dias são difíceis. Ainda não encontro um motivo para levantar assim como é difícil dormir. Ela é a primeira coisa que penso e a última.
Não entendi qual propósito de Deus levá-la. Ainda tinha esperanças que ela visse a renovação dos meus votos, o noivado do meu filho e quem sabe o casamento.
Pior, a última vez que a vi ela estava na UTI, amarrada, fora de si e a culpa bate por não ter sido mais influente e não deixar ela morrer passando os últimos dias em sofrimento.
Me culpo por não ter visto os sinais, o "Eu te amo" pro meu pai antes de sair de casa, quando ela apoiou sua cabeça no meu braço na emergência, as coisas que ela estava vendo. Tanto estudo, tantas séries, filmes e palestras e quando precisei não vi o que estava na frente dos meus olhos e a deixei ali. Jamais a deixaria se pudesse voltar no tempo.
Mas ela se foi. E espero que tenha levado com ela as coisas boas que fizemos porque fizemos muitas coisas boas juntas.
Sofri por demais as mortes dos meus gatos mas perder a mãe é se sentir órfã. Ainda estou sem chão.
No funeral olhava para ela dizia dentro de mim "acorda mãe por favor..".
Chegou a hora de viver sem ela.
Que dor que se sente.
Não sei quando essa dor vai passar ou se vai passar.
Não gosto quando me dizem que "A vida continua..". Pode ser para quem diz mas para mim não. Eu não posso viver completamente sem um pedaço do meu coração. 💔
OS QUE SE VÃO NÃO MORREM.
NOS QUE PERDEMOS UMA PARTE DE NÓS MESMOS.
Todos sabem, não é novidade pra ninguém, eu não tenho medo da morte e sei que há vida após e que a morte nada mais é que renascer sob outra forma.
O que eu nunca havia pensado e refletido era na morte de pessoas as quais eu amo.
Só hoje pude me munir de coragem, não chorar para poder escrever. E faltam apenas 4 dias para completar um mês e o luto não cessa. A saudade é imensa. As lembranças constantes. A viagem, os almoços, os sonhos, as conversas. Tudo ainda muito vivido e dolorido.
As vezes me pego olhando o telefone esperando minha mãe ligar. As vezes caminho por horas sem que ela saia da minha cabeça.
Ainda não processei a morte de minha mãe, sim porque é um processo e que cada um reage de formas distintas.
Sou o tipo que chora mesmo, que sofre o luto, e por mais que saiba que ela ainda vive me questiono o porque dela ter ido assim.
Sempre pedia a Deus um pouco mais de tempo com ela. Nossa relação realmente se estreitou nos últimos 15 anos e não nos meus 52 anos.
Foi quando ela começou a se abrir para o toque, o carinho e atenção. Foram nestes últimos anos que pude sentir como é ter uma mãe.
Mas isso não significa que ela não me importasse antes, pelo contrário, fazia um esforço monumental para agradá-lá.
Queria ser a mais inteligente da escola, a filha mais independente e a única que não daria trabalho a ela. Queria ser a mais magra, a mais bonita, e queria dar-lhe um neto homem já que ela não pode ter um filho homem. Em alguns aspectos consegui mas outros nem tanto.
Cometi erros e não segui todos os seus conselhos mas acho que é assim mesmo. Eu procurava ser perfeita mas ninguém é perfeito.
Mas a partir do meu segundo casamento e morando mais perto e tendo mais recursos essa união começou a crescer e via com o passar do tempo ela me entendo cada vez mais e eu a ela. Pedia sempre a ela "mãe, aguenta mais um pouquinho". Hoje tenho saudades de ir na casa dela e simplesmente dizer "oi mãe ".
Com tanta tristeza e vazio que me acometem no momento não entendo como outras pessoas próximas puderam ter um luto tão curto.
Lembro que quando ouvi o choro do meu filho no parto a primeira pessoa que pensei foi na minha mãe.
E quando soube que ela havia partido meu coração se partiu também é deixou um buraco profundo que nada irá preencher.
Quando a vida dela terminou aqui senti células do meu corpo morrendo como se parte de mim fossem parte dela também.
Os dias são difíceis. Ainda não encontro um motivo para levantar assim como é difícil dormir. Ela é a primeira coisa que penso e a última.
Não entendi qual propósito de Deus levá-la. Ainda tinha esperanças que ela visse a renovação dos meus votos, o noivado do meu filho e quem sabe o casamento.
Pior, a última vez que a vi ela estava na UTI, amarrada, fora de si e a culpa bate por não ter sido mais influente e não deixar ela morrer passando os últimos dias em sofrimento.
Me culpo por não ter visto os sinais, o "Eu te amo" pro meu pai antes de sair de casa, quando ela apoiou sua cabeça no meu braço na emergência, as coisas que ela estava vendo. Tanto estudo, tantas séries, filmes e palestras e quando precisei não vi o que estava na frente dos meus olhos e a deixei ali. Jamais a deixaria se pudesse voltar no tempo.
Mas ela se foi. E espero que tenha levado com ela as coisas boas que fizemos porque fizemos muitas coisas boas juntas.
Sofri por demais as mortes dos meus gatos mas perder a mãe é se sentir órfã. Ainda estou sem chão.
No funeral olhava para ela dizia dentro de mim "acorda mãe por favor..".
Chegou a hora de viver sem ela.
Que dor que se sente.
Não sei quando essa dor vai passar ou se vai passar.
Não gosto quando me dizem que "A vida continua..". Pode ser para quem diz mas para mim não. Eu não posso viver completamente sem um pedaço do meu coração. 💔
OS QUE SE VÃO NÃO MORREM.
NOS QUE PERDEMOS UMA PARTE DE NÓS MESMOS.
Créditos do vídeo:https://www.facebook.com/melhorcomsaude/
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