O Natal
Aproveitando a falta de luz e já que prometi um post para hoje, vou falar sobre a época que mais gosto no ano: o Natal.
Vamos começar há muito tempo atrás, quando era criança.
A lembrança que tenho é de tempos felizes, festas em família e encontros com vizinhos.
Me lembro da minha primeira árvore de Natal.
Como vocês podem ver na foto ela era pequena, mas para mim era imensa com bolas de vidro decoradas e coloridas.
Vamos começar há muito tempo atrás, quando era criança.
A lembrança que tenho é de tempos felizes, festas em família e encontros com vizinhos.
Me lembro da minha primeira árvore de Natal.
Como vocês podem ver na foto ela era pequena, mas para mim era imensa com bolas de vidro decoradas e coloridas.
Tínhamos toda a agitação e apesar de pobres não faltava a ceia tradicional portuguesa com seus rituais.
O ritual lembrava seus antepassados e a terrinha que ficou para trás.
Lembro também das cartinhas que escrevia para Papai Noel. Cartinhas essas que foram todas atendidas. Eram sempre entregues a meu pai que devido a um trauma de infância jamais deixou de atendê-las.
Meu pai foi uma criança muito pobre, com uma vida difícil, aos 5 anos já trabalhava. Seu pai biológico havia falecido quando ainda bebê e era criado pela mãe e pelo padrasto.
Até os 14 anos, conta ele, não possuía um par de sapatos e colocava seus tamancos na janela no Natal para que Papai Noel colocasse ali seu presente.
Lembram-se da música: "Botei meu sapatinho, na janela do quintal. Papai Noel deixou meu presente de Natal. Como é que Papai Noel, não esquece de ninguém, seja rico ou seja pobre o velhinho sempre vem..."
Pois bem, para ele nunca veio....
Ele associava que porque não tinha sapatos não tinha presentes.
Ele prometeu para si mesmo que seus filhos não passariam por isso e deixou para nós curtir e aproveitar toda a magia do Natal.
Aos 8 anos de idade meu pai me perguntou se naquele ano me importaria de ganhar outra boneca de Natal ao invés da que havia pedido pois o dinheiro estava curto, ele havia feito uma reforma na casa.
Claro que não me importei, boneca era boneca e só ganhava bonecas no Natal mesmo!
Naquela noite de Natal, espiando pela porta vi meu pai colocar a caixinha com a boneca na árvore de Natal, mas isso não me fez deixar de acreditar em Papai Noel.
Aliás, eu acredito até hoje, de verdade.
Isso já me rendeu boas brigas e risadas na psicóloga, mas me recuso a deixar de acreditar, até porque sempre fui atendida pelo bom velhinho.
Talvez acreditar em Papai Noel seja a minha maneira de voltar a ser criança, e me recusar a abandonar a magia que verdadeiramente é o Natal.
Me lembro também dos enfeites que fazia na escola, árvores de natal com cartolina e colagem de macarrão e depois pintadas, sinos de cartolina, enfeites e peças de gesso que dávamos de presente.
Também me lembro de comprar, escrever e enviar os cartões de Natal. Era tudo de bom esperar o correio chegar!
Outra tradição era separar roupas, sapatos, utensílios e brinquedos não usados para darmos aos mais pobres. Eu estudava em um colégio católico e isso era muito incentivado.
É um hábito que mantenho até hoje. O Natal é para fazer pessoas felizes!
Outro evento importante era a chegada do Papai Noel no Maracanã. Eu nem achava estranho ele chegar de helicóptero, pois as renas só voam a noite não é verdade???? Nossa gente, eu achava o máximo! Aliás, ainda acho. Sábado passado fui ao shopping e tinha uma carreata de Natal. Não é que quando vi o Velhinho comecei a chorar?
Às vezes também tínhamos os eventos no clube que também eram dados presentes às crianças.
Enfim, o que não faltavam eram eventos e confraternizações.
Quando minha sobrinha e meu filho nasceram eu passei para eles todo esse encanto do Natal. Minha sobrinha curtiu um pouco mais. Meu filho mais cético, menos.
Fico triste vendo no que o Natal se tornou: uma data comercial. Sem o encanto que vivi e ainda vivo dentro de mim.
Fico triste vendo crianças com seus pais ainda em novembro indo às lojas para comprarem juntos seus presentes. Cadê o encanto gente? Cadê a magia?
Quando criança também me lembro que dia 24 sempre chovia e na minha inocência achava que era a neve derretendo pois o Brasil é muito quente. Como é bom ser criança!
Quanto a mim, gostaria muito de passar um Natal típico, daqueles com neve na janela e lareira...sonho...
Hoje eu curto o Natal do meu jeito. Tenho vários vídeos de Natal e assisto todos. O Expresso Polar é sagrado! E querem saber? Ainda escuto os sinos das renas do Papai Noel e vou morrer assim se Deus quiser.
Quando criança tinha um livrinho de uma estória de Natal, livro esse que foi perdido com o tempo mas nunca me esqueci de como ele começava:
" É noite.
Tudo tão quieto.
Cão e gato a dormitar.
Venham ver a maravilha.
Papai Noel vai chegar.
Traga as meias João.
E você também Maria.
Que os presentes de Jesus
Vão enchê-las de alegria.
E agora toca a dormir
E a sonhar e a sonhar
Que até dormindo já sabem
Papai Noel vai chegar! "
Também deixo uma mensagem que uma pessoa escreveu no seu blog para uma criança que perguntava se existia ou não Papai Noel:
"Seus amiguinhos estão errados. Eles têm sido afetados pelo ceticismo de uma era cética. Eles não acreditam, exceto [o que] eles vêm. Eles acham que nada pode ser que não é compreensível por suas pequenas mentes. Todas as mentes, Virgínia, Sejam eles homens ou crianças, são pequenas. Neste grande universo do homem a nossa é um mero inseto, uma formiga, em seu intelecto, comparado com o infinito que o cerca, como medido pela inteligência capaz de entender toda a verdade e conhecimento. Sim, Virgínia, há um Papai Noel. Ele existe tão certamente como o amor e a generosidade e a devoção existem, e você sabe que eles abundam e dão à sua vida mais beleza e alegria. Ai de mim! Como seria triste o mundo se não houvesse Papai Noel. Seria tão triste como se não houvesse Virginias. Não haveria nenhuma fé infantil então, nenhuma poesia, nenhum romance para fazer tolerável esta existência. Nós não teríamos nenhuma felicidade, exceto em nossos sentidos. A luz eterna com que a infância enche o mundo, seria apagada. Não acreditar em Papai Noel! Como você pode não acreditar em fadas! Você pode pedir ao seu pai para contratar muitos homens para vigiar todas as chaminés na véspera de Natal para pegar Papai Noel, mas mesmo se eles não viram o Papai Noel descendo, o que isso provaria? Ninguém vê Papai Noel, mas isso não é sinal de que não existe Papai Noel. As coisas mais reais no mundo são aquelas que nem as crianças nem os homens podem ver. Você já viu fadas dançando no gramado? Claro que não, mas isso não é prova de que eles não estão lá. Ninguém pode conceber ou imaginar todas as maravilhas que são invisíveis e invisível no mundo."
http://sparklingmimijourney.blogspot.com/2010/12/yes-virginia-there-is-santa-claus.html
Terminando, desejo a todos meus amigos nada mais nada menos do que :
UM NATAL MÁGICO!!!!!!!
Eu me emocionei lendo essa história, Sheila! Eu acreditei em Papai Noel até o dia que descobri meu presente escondido em cima do guarda roupa da vizinha. Rsrsrs! Mas era muito bom aquele tempo. Pra mim, Natal não tem mais a mesma magia faz tempo. Por mim, nem comemoraria mais, acho até uma data triste. Mas acho bonito isso em você!
ResponderExcluirAwwwwwwwwww amiga, vida sem sonho não é vida!!!
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